quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Assassins’s Creed – Bandeira Negra

Livro: Assassins’s Creed – Bandeira Negra
Autor: Oliver Bowden
Editora: Galera Record
Avaliação: 8



"Que o inferno que você encontrar seja obra sua."


Yo ho, yo ho, a pirate's life for me 





Foi inevitável cantarolar essa frase em várias passagens do livro... Sempre gostei de piratas, e um dos meus melhores contos era sobre piratas – o conto se perdeu no tempo –. Vamos ao que interessa: Edward Kenway. Acho que todos os protagonistas são um pouco ou muito inconsequentes, malandros e mulherengos. Edward está num patamar acima dos outros... A vida de criador de ovelhas nunca lhe fora grata, mas com o tempo se tornou um fardo impossível de suportar. Olhando para o cais e dele para o mar, o jovem sabia o que queria. E procurou por isso. Ou antes, com alguma dificuldade foi imposto que nunca mais voltasse a Bristol ou a situação seria ainda mais penosa para si e os seus.
Não se importando com as feridas que deixara par trás, buscaria a sua fortuna como corsário e então voltaria para consertar as coisas e se vingar – parece que vingança é um ato recorrente na vida dos assassinos –. O que ele não imaginou foi a trégua entre ingleses e espanhóis e o fim da sua curta carreira. Como a maioria dos que viviam do corso, Edward se viu com poucas esperanças que não fossem algo como erguer uma bandeira negra no seu navio e buscar livremente por seus dobrões de ouro. O que seria da vida de alguma pessoa normal sem um Templário para atrapalhar? Não seria diferente aqui, com eles mais uma vez querendo dominar o mundo e disseminar a “sua forma de verdade”.
E então o nosso querido Edward, teve como mestre nada mais nada menos que Edward Tratch, o que para variar me fez ficar imensamente feliz. Não só pela presença desse pirata renomado, mas de todos os outros! Eu já sabia a maioria da história deles e recomendo para os leitores futuros: procurem saber, as informações dão uma visão bem privilegiada das personalidades da maioria dos personagens reais apresentados por Oliver.
Por mais que ele pense em voltar para casa, acaba afundando sempre nas garrafas de rum... Não é um bom exemplo e não é um assassino, ainda.
Menos foco na vingança, maior ênfase no misterioso Observatório. Edward empreende várias viagens para enfim encontrá-lo, ser traído por alguém que não esperava e se ver à deriva com um inimigo. Mas lembre-se, tudo sempre pode piorar. E piora!
De todas as mortes, senti umas poucas. Mas a dela, como doeu, daquelas que você sente como se fosse alguém querido há muito tempo e que fazem os cantos dos olhos ficarem úmidos. Acho que vi mais sangue nesse livro do que no outro. Mas não me incomodou, em certos momentos eu mesma fiquei com vontade de matar os personagens sob muita tortura...
Sigamos em frente. Algumas palavras para mãe de Edward: espero que você morra lente e dolorosamente.
Ninguém merece ouvir determinadas palavras, por maior que seja a sua culpa ou o seu rancor para com ele. E aquelas deveriam ter ficado para sempre trancadas bem fundo na mente, não pairando no ar como praga.

Há fatos surpreendentes no final, e cheguei à conclusão tendo lido o segundo livro da série Assassin’s Creed (fora da ordem) é que os protagonistas não ficam realmente felizes no fim... Ou assim me pareceu.
Quando acabei o livro, me peguei analisando a mudança de personalidade do Edward, tudo ao seu redor se transforma, mas mais do que isso, ele é outra pessoa no final. Alguém capaz de lidar com problemas impensáveis antes, de buscar por paz e finalmente fixar-se em terra firme. Em um lugar que passará a chamar de lar.

Personagem preferida de longe é a Mary Read, acompanhada bem de perto pela Caroline e Anne Bony. Elas são confiantes, fortes e mulheres muito a frente de seu tempo.

Recomendação do livro: “para os fãs dos games e para os não fãs que tenho certeza que se converterão.”





Foto por: Nando Gray 12/2013

2 comentários:

  1. Eu sinceramente espero que esse seja melhor que o "Renegado", comparado com as historias do Ezio e Altair, pra mim, foi a mais fraca. Já que o "Bandeira Negra" tem ligação com ele, espero que possa mudar minha visão da história. Assim que tiver uma grana comprarei. ^^

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    1. Bom... Eu pulei a ordem dos livros.

      Li o "Renascença" e depois o "Bandeira Negra". Agora retomarei a sequência. Achei o "Renascença" melhor que esse, não sei se a história em si me cativou mais ou se foi toda a temática mesmo.

      Em breve postarei a crítica dos outros, espero que você também as leia e dê opinião sobre os livros!

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